Poesia Matemática (Re)

EQUAÇÃO

Era bastante natural
que o jovem elemento,
ao ver aquela figura
de face tão diferente,
agisse irracionalmente,
sem nenhuma congruência.

Não que ele fosse obtuso,
ordinário ou quadrado,
mas como deixar de lado
uma paixão tão tangente?

E ele então, logicamente,
traçou as coordenadas,
estudou probabilidades,
somou multiplicidades,
e ao termo, eis a reflexão:

Não haveria fração,
nem mesmo infinitesimal,
Nesta nova relação!

E deu-se inteiro, integral,
um amor crescente, total,
em tal grandeza real,
que nunca se viu semelhante.

E, seguindo a previsão,
de ordem estimativa,
fez sua revolução,
numa ação consecutiva:
Só lhe restava integrar
dois meios numa unidade.

Nenhum intervalo de tempo
pode nos ser referência,
quando a base é a essência
da inclinação do amor.

Ao medir seus atributos,
sob um prisma sem arestas,
logo ele quis demonstrar
que as retas paralelas
Vão se tornar concorrentes,
quando o amor é infinito!

E uniu-se a ela, afinal,
num círculo mágico,
Só pra contrariar a matemática.
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